domingo, 18 de setembro de 2011

Era uma vez


Era uma vez uma princesa.
Ela era uma princesa como aquelas das histórias.
Ela ainda não tinha tido o seu conto de fadas,
nem tinha encontrado o seu príncipe,
até ao inesperado dia em que ele apareceu.

O príncipe fazia da princesa a rapariga mais feliz do mundo
e a princesa nunca quis mais ninguém.

Mas o príncipe também tinha o seu lado negro,
e a felicidade foi sendo consumida, pedacinho a pedacinho,
até ao dia em que tudo o que ele lhe fazia era mal.

O sofrimento e a angústia corroíam a alma e o espírito da princesa,
e ela estava perdida, sem saber o que fazer.

Ela queria acreditar que o amor que os unia curaria tudo,
todos os obstáculos, todas as desavenças.
Porque a princesa acreditava no seu conto de fadas,
e acreditava que aquele era o seu príncipe.

Até ao dia em que eles tiveram a despedida errada.

Cada um seguiu o seu caminho,
sem mais nada.
Era uma vez.


("If two people are meant to be together, eventually they will find their way back." But how do you know if it's meant to be?)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A bala


Decidiste puxar o gatilho naquele dia.
Mas a bala não veio logo ter comigo.
Ela parou várias vezes.
Eu pensei que ela voltasse para trás.
Mas ela apenas estava à espera do momento certo para me atingir.
Porque ela nunca voltou para trás.
Parou e avançou lentamente.

Até ao dia em que me atingiu no coração.

Uns dizem que não tens mais balas na tua pistola,
e outros dizem que talvez vás puxar o gatilho outra vez.

E tu, que dizes?
Não dizes nada.
Limitaste-te a deixar que a bala me atravessasse o coração.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Estátua

Imóvel, desprovida de nada.

Aquela figura de olhar vazio e concentrado,
fixado no horizonte,
bem longe de tudo e de todos.
Mergulhada nos seus pensamentos, que podem ser bons ou maus, ninguém sabe.

E por momentos ela sai dela própria,
deixa de ser quem é
para encarnar uma qualquer personagem.
Ninguém a conhece,
ninguém lhe sabe o nome.

E não seremos todos nós uma estátua, pelo menos uma vez na vida?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Maior do que eu


Este amor que sinto,
que não pára nunca de crescer,
é maior do que eu.

Não há nada que me faça mais feliz do que as palavras dele,
não há nada que me faça sorrir, mais do que os elogios dele.
Este amor que sinto,
que não pára nunca de crescer,
não me cabe no coração.

Este amor que sinto,
ultrapassa-me.

Este amor que sinto,
é maior do que eu.


("This is bigger than us.")

My man

O meu... tudo.
Não há palavras suficientes que descrevam o que ele é para mim.

Ele faz os meus dias melhores.
Ele faz os meus dias mais bonitos.
Ele faz os meus dias mais alegres.
Ele faz os meus dias mais cheios.

Provavelmente ele nunca terá noção do quanto eu gosto dele...
Mas eu quero provar-lho todos os dias,
quero provar-lhe o quanto eu gosto dele,
todos os dias.


"Oh whatever my man is, I am his, forever more."
(Talvez não seja o meu melhor, mas é sentido <3)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

A única excepção


Lembro-me de sempre ter querido alguém como ele.
Mas nunca ter encontrado.

Lembro-me de sempre ter esperado por alguém como ele.
Mas esse nunca ter chegado.

"Porquê?"
Perguntei-me muitas vezes.
Porque ele ainda não tinha chegado.
Porque ele não é como os outros.
Porque ele é a única excepção.

A presença dele faz parte de mim,
o perfume, as mãos, os olhos...

O que eu lhe digo não chega nem perto do que ele me diz,
que me deixa sem palavras,
só com um sorriso tolo.

Ele é o meu príncipe encantado,
mais perfeito que os príncipes dos contos de fadas.

Acordo com o rosto dele presente no meu espírito,
e adormeço com as palavras dele gravadas na minha mente.

Parece um sonho,
de tão bom e maravilhoso.
Mas sei que é realidade, doce realidade,
porque eu olho para aqueles olhos tão belos todos os dias,
em todas as tardes partilhadas.

Porque é que o amo?
Porque é que ele ganhou o meu coração?
Porque ele é a única excepção.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

"Waiting for forever"


Vieste de mansinho.
E nem sabias que vinhas!
Nem eu!

E eu desconfiei que, de uma maneira ou de outra,
tinhas vindo para ficar.

Não foi preciso muito tempo
para eu perceber que eras especial.
Que eras genuíno, verdadeiro e importante.

Uma semana depois,
parte da magia começou, naquele singelo almoço.
E no dia seguinte, outra vez.
E depois no dia a seguir.

Até eu tomar consciência de tudo o que se passava,
que gostava de sentir a tua mão a agarrar a minha,
de olhar para os teus LINDOS olhos verdes.

Até eu tomar consciência de que tu és o meu príncipe.


<3

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vinhas sentar-te comigo, Ricardo


Vinhas sentar-te comigo, Ricardo, à beira do rio.
Sossegadamente fitávamos o seu curso e aprendíamos
Que a vida passa, e não tínhamos as mãos enlaçadas.
              (E eu queria tanto que as enlaçássemos.)

Depois, pensávamos, crianças adultas, que a vida,
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
               Mais longe que os deuses.
Palavras tuas...

Desenlaçávamos as mãos, porque tu dizias que não valia a pena cansarmo-nos...
Que quer gozássemos, quer não, passamos como o rio...
Que mais vale saber passar silenciosamente
              E sem desassossegos grandes...

Sem amores (como o meu), nem ódios, nem paixões (como a minha) que levantam a voz,
Nem invejas (e que inveja eu tinha dessa tua vontade de não te unires a mim, dessa tua ataraxia eterna) que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesses o rio sempre correria,
(E eu nunca fui peixe digno de atravessar o teu rio...)
               E sempre iria ter ao mar...

"Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,"
Que nunca quiseste que trocássemos.
Pois, "mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
              Ouvindo correr o rio e vendo-o."

Dizias-me para colhermos flores, para eu lhes pegar e as deixar
No colo, e deixasse o seu perfume suavizar o momento - que embora eu ame as flores que colhíamos, nunca quis que nada suavizassem.
Se é que haveria, de facto, algo para elas suavizarem...
E neste momento não cremos em nada,
             "Pagãos inocentes da decadência."

E quando fores sombra, lembrar-me-ei de ti depois,
Com a tua lembrança a arder-me, a fitar-me e a mover-me,
Apesar de nunca termos enlaçado as mãos, nem nos termos beijado
              "Nem termos sido mais do que crianças."

E se antes de ti levar o óbolo ao barqueiro sombrio,
Tu nada terás que sofrer ao lembrares-te de mim... (a tua incessante ataraxia...)
Ser-te-ei suave à memória, para tristeza minha, lembrando-te assim - à beira rio,
              "Pagã triste e com flores no regaço..."

Como eu queria ter sido para ti o que tu foste para mim.
"We could have had it all."

- Lídia.


(poema inspirado numa resposta ao poema Vem sentar-te comigo, Lídia de Ricardo Reis.)

quarta-feira, 25 de maio de 2011

"I'll Stand By You"

Nas horas boas, nas horas más.
Quando sorrires,
e quando chorares.
Nós vamos estar sempre aqui.

A vida às vezes é difícil.
às vezes parece injusta,
às vezes não nos dá o que queremos,
e dá-nos exactamente o que não queremos.
 
Mas nós temos sempre alguém que está ao nosso lado.
Há sempre alguém que nos limpa as lágrimas,
que nos diz: “Força, isto é só mais uma coisa que vais ultrapassar.”
Que nos apoia.
Que nos faz sentir melhor e nos faz ressurgir das cinzas, como uma fénix.
 
Podemos nem sempre dizer as palavras certas,
mostrar o quanto gostamos de ti,
mas esforçamo-nos sempre para dizer as palavras que te vão ajudar,
por mostrar o quanto gostamos de ti.
 
E nunca te esqueças que
“No fim, tudo fica bem. Se não está bem, é porque ainda não é o fim.”
Não estás sozinha.


(poema escrito para um amigo a pedido deste)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Pequena flor

Talvez a flor esteja a nascer.
Talvez.
Não sei, ainda. E não é por pensar nisso que vou saber.

É uma pequena flor, uma frágil flor.
Que já esteve perto de rebentar, mas nunca rebentou.

Olhar faz-me sorrir.

Esta pequena flor.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Ferida

A ferida parecia cicatrizada.
Tinha uma crosta relativamente sólida, que se pensava não se arrancar.

Mas bastaram aqueles segundos.
Aqueles escassos segundos e a ferida abriu.
Como se nunca se tivesse tido a crosta.

E agora flutuam memórias e recordações.
Que em vão se tentam enterrar.
Porque agora a ferida abriu outra vez.

Mas ela há-de fechar.
Porque ela já fechou uma vez.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bom 2011!

Quero desejar a todos um Bom 2011, com muitos Poemas e Afins! Ahahah :)

quero apenas desejar que tenham todos muita felicidade, muita paz e muito amor.
Beijo grande!