Desejo a todos um Feliz Natal, com tudo de bom, junto das vossas famílias, sempre em contacto com os que mais gostam, muita felicidade e muito amor!
“Stay beautiful” porque vocês são especiais à vossa maneira, apenas mudem para melhor!
FELIZ NATAL, e que para o ano ainda o festejemos!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Perdição
Agora relembro.
Durante dois anos.
Ele era o mais desejado ali.
Eu era a que mais o desejava.
Nada tinha a meu favor.
E o meu coração fervilhava.
Bastava o nome, um gesto.
E nem vou tentar descrever um toque.
Ele era veneno,
veneno num fraco irresistível.
Frasco esse que eu segurava na palma da minha mão.
Eu dizia que não bebia e que nunca iria beber.
Eu era mentirosa. porque era veneno que eu não conseguia recusar.
E quereria eu recusá-lo?
Eu segurava o frasco na palma da minha mão,
eu era o antídoto que ele segurava na dele.
Porque eu sabia que ele era a minha perdição, e talvez eu tivesse sido a salvação dele.
Porque apesar de eu segurar o veneno,
era o veneno que me segurava a mim,
era ele que me controlava e me tinha na palma da mão.
("He knows that if he wants me he can have me.")
Durante dois anos.
Ele era o mais desejado ali.
Eu era a que mais o desejava.
Nada tinha a meu favor.
E o meu coração fervilhava.
Bastava o nome, um gesto.
E nem vou tentar descrever um toque.
Ele era veneno,
veneno num fraco irresistível.
Frasco esse que eu segurava na palma da minha mão.
Eu dizia que não bebia e que nunca iria beber.
Eu era mentirosa. porque era veneno que eu não conseguia recusar.
E quereria eu recusá-lo?
Eu segurava o frasco na palma da minha mão,
eu era o antídoto que ele segurava na dele.
Porque eu sabia que ele era a minha perdição, e talvez eu tivesse sido a salvação dele.
Porque apesar de eu segurar o veneno,
era o veneno que me segurava a mim,
era ele que me controlava e me tinha na palma da mão.
("He knows that if he wants me he can have me.")
domingo, 22 de agosto de 2010
(I)mortais
Eu sei.
Sei que às vezes não têm cabimento,
as palavras que eles dizem.
Mas eu perdoo.
Se é que há algo para perdoar.
São tão imperfeitos como todos nós,
Como os novos e os menos novos.
Eu sei.
Sei que um dia partirão para sempre.
Não sei qual será o primeiro e não sei qual será o último,
mas esta lei é para todos.
Eu sei.
Sei que um dia partirão para sempre,
mas lá no fundo, acredito que são imortais.
E quero que sejam.
segunda-feira, 5 de julho de 2010
Eclipse
Ali está ela.
Tem o mar e a floresta,o fogo e o gelo para escolher.
Tudo é escuro,
as florestas e os mares.
E ela sabe o que escolheu,
escolheu o gelo.
E depois o fogo.
E escolheu o Eclipse.
Mesmo depois do Crepúsculo e da Lua Nova,
ela sabe que é o Eclipse.
(poema inspirado no livro/filme Eclipse. Não propositadamente.)
domingo, 13 de junho de 2010
Domingo
É domingo.
Visto uma camisa bonita e vou para a varanda.
O ar é quente.
Sento-me na cadeira e abro o livro onde o fechei da última vez.
e o único som audível é o dos pássaros a cantar.
É domingo.
Vesti uma camisola bonita e fui para a varanda.
segunda-feira, 31 de maio de 2010
Criação
Cria-se,
vai-se criando,
é criada.Aquela música é criada,
aquele poema é criado.
Cria-se,
vai-se criando,
é criada,
é criação.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Singularidade
Caminha, sozinha, com passos decididos, naquele chão desigual.
Tenta parecer decidida, mas as suas decisões são sempre erráticas.
O cabelo escuro, de dois tons,
vai solto nos dias frios e quando ela quer;
vai apanhado nos dias quentes e quando ela quer.
A pele de alabastro está agora descoberta.
Não gosta do que vê no espelho na maior parte das vezes,
é raro achar que algo está bem.
Não se identifica com a maior parte das coisas,
não entende o mundo nem as pessoas.
Parece estar sempre a tentar provar algo a alguém,
como é diferente.
Sente-se (e sabe que) na maior parte do tempo está sozinha
e às vezes não sabe onde encontrar apoio.
Acha que as coisas mudaram,
mas talvez tenha sido ela quem mudou.
Ainda não sabe bem.
Pergunta-se como será que a vêem
e se realmente a vêem.
A expressão usual é a de testa enrugada e olhos ligeiramente cerrados.
Não sabe se a favorece, mas é a expressão que se lembra de sempre ter.
Caminha, sozinha, com passos decididos naquele chão desigual,
as mãos tocam o cabelo porque não têm mais o que agarrar.
E ela nem se dá conta do que está a fazer.
Nem se apercebe para onde vai.
Tenta parecer decidida, mas as suas decisões são sempre erráticas.
O cabelo escuro, de dois tons,
vai solto nos dias frios e quando ela quer;
vai apanhado nos dias quentes e quando ela quer.
A pele de alabastro está agora descoberta.
Não gosta do que vê no espelho na maior parte das vezes,
é raro achar que algo está bem.
Não se identifica com a maior parte das coisas,
não entende o mundo nem as pessoas.
Parece estar sempre a tentar provar algo a alguém,
como é diferente.
Sente-se (e sabe que) na maior parte do tempo está sozinha
e às vezes não sabe onde encontrar apoio.
Acha que as coisas mudaram,
mas talvez tenha sido ela quem mudou.
Ainda não sabe bem.
Pergunta-se como será que a vêem
e se realmente a vêem.
A expressão usual é a de testa enrugada e olhos ligeiramente cerrados.
Não sabe se a favorece, mas é a expressão que se lembra de sempre ter.
Caminha, sozinha, com passos decididos naquele chão desigual,
as mãos tocam o cabelo porque não têm mais o que agarrar.
E ela nem se dá conta do que está a fazer.
Nem se apercebe para onde vai.
Silêncio tranquilo
Sob aquele sol abrasador,
encontro-me na sombra reservada.Os olhos semicerrados pela luz,
o corpo a destilar de alívio.
O asfalto mexe-se sozinho
e não há mais ninguém para o observar.
O silêncio é tranquilo
mas ao fundo ainda se ouve falar.Está na hora de voltar.
domingo, 11 de abril de 2010
Lembra-te de Mim
Dilacerado estás,
por dentro e por fora.
No teu caderno velho, dobrado e amarrotado,
lhe vais escrevendo, falando.
Tens saudades, mas não dizes a ninguém.
Nela e nos seus ímpares olhos azuis,
encontraste um apoio,
algum equilíbrio.
Quando tudo parece tomar um rumo,
partes, inevitavelmente,
e só pedes: "Lembra-te de mim".
(poema inspirado no filme Remember Me).
segunda-feira, 22 de março de 2010
Passos
Gosto de ouvir os passos sobre as lages,
gosto de ouvir os passos sobre as folhas,
gosto de ouvir os passos sobre o soalho,
gosto de ouvir os passos sobre o cascalho.
Gosto de ouvir os passos silenciosos,
gosto de ouvir os passos misteriosos,
gosto de ouvir os passos conhecidos e desconhecidos,
gosto de ouvir os passos escondidos.
Gosto de ouvir os passos e adivinhar de quem são,
gosto de ouvir os passos que pisam o chão.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Jarra
O suspiro cansado sai da minha boca.
Entro na sala para mais uma hora...
As mesas estão diferentes,
não há luz que entre,
vemo-nos todos uns aos outros.
O cheiro a campo, a flores,
faz-me ter saudades da liberdade,
do sol que queima,
da sombra que refresca,
da água que molha e aquece,
dos rostos diferentes que são iguais.
Com os olhos naquela jarra de flores,
sinto saudades daquela liberdade esquecida.
(Por esta altura já devia ter. Ainda não tenho.)
Entro na sala para mais uma hora...
As mesas estão diferentes,
não há luz que entre,
vemo-nos todos uns aos outros.
O cheiro a campo, a flores,
faz-me ter saudades da liberdade,
do sol que queima,
da sombra que refresca,
da água que molha e aquece,
dos rostos diferentes que são iguais.
Com os olhos naquela jarra de flores,
sinto saudades daquela liberdade esquecida.
(Por esta altura já devia ter. Ainda não tenho.)
domingo, 28 de fevereiro de 2010
Promessa
Eu tinha prometido.
Tinha prometido e em parte, cumprido.
Mas ao ver-te naquela noite de luzes,
nesse porte altivo,
nessas roupas que tão bem te ficam,
mais bonito que nunca,
a minha fraqueza cedeu.
Eu tinha prometido.
Tinha prometido e em parte, cumprido.
A minha fraqueza cedeu.
A barreira caiu. Outra vez.
(in just one week)
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Capítulo
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
O pinheiro de longas e afiadas agulhas verdes
Depois da chuva miúda que caiu,
o sol, já nada ténue, rasga o céu,
pinta de mais claro as paredes brancas,
entra nas casas pelas janelas transparentes.
As nuvens brancas,
da cor das paredes,
encaixam-se no céu claro.
No pinheiro, de longas e afiadas agulhas verdes,
o vestígio escasso da chuva,
brilha com os raios de sol,
contrasta com o tom chocolate das pinhas.
Espreito da minha mesa,
o pinheiro verde brilhante,
que mesmo simples,
é deslumbrante.
O pinheiro verde de longas e afiadas agulhas
Depois da chuva miúda que caiu,
o sol rasgou o céu, mas agora desapareceu,
as paredes brancas ganham suaves sombras,
sai das casas pelas janelas transparentes.
As nuvens escuras,
tapam o céu,
raramente o deixam espreitar.
No pinheiro verde de longas e afiadas agulhas,
o vestígio escasso da chuva, secou,
contrasta com o tom chocolate das pinhas.
Espreito da minha mesa,
o pinheiro verde,
que passou a ser igual aos outros,
mas mesmo assim, deslumbrante.
("As coisas mais simples são as mais belas")
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
O sorriso, a agitação
O sorriso, a agitação,
invadem a minha face,
o olhar ilumina-se, com o brilho na íris escura,
o tom rosado das maçãs do rosto, refresca a alma aquecida.
O sorriso, a agitação,
formam-se naturalmente,
fazem o ar cheirar melhor,
a flores, a Primavera,
fazem o sol ficar,
fazem os passos serem música,
fazem os sabores serem saborosos,
fazem o toque ser macio.
O sorriso, a agitação,
fazem o corpo e alma serem felizes,
fazem o corpo e alma serem felizes,
fazem o Mundo mais bonito.
(esta flor, chamada Copo-de-Leite, significa Felicidade e Pureza)
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Imersão
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Frio, chuva, neve
O corpo encolhe-se,
os rostos arrefecem,
as almas aquecem,
os dias passam.
O frio, a chuva, a neve,
alternados e simultâneos,
envolvem o ar e a água.
As noites reaquecidas,
passam depressa e devagar.
Os dias suaves passam sem se dar conta.
Frio, chuva, neve.
(Imagem: “flores” de sal cristalizado que cobrem a superfície do Mar Branco na Rússia)
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Episódio
Foi tão natural, tão simples, tão incrivelmente diferente.
Os risos nunca forçados que jorravam das nossas bocas,
as palavras nunca superficiais, ora ditas seriamente, ora sorrindo,
nunca eram más.
Da cumplicidade reatada e revivida,
da cumplicidade esbatida,
põe-se a questão de ter sido ilusão no lugar da oposta realidade.
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