Agora relembro.
Durante dois anos.
Ele era o mais desejado ali.
Eu era a que mais o desejava.
Nada tinha a meu favor.
E o meu coração fervilhava.
Bastava o nome, um gesto.
E nem vou tentar descrever um toque.
Ele era veneno,
veneno num fraco irresistível.
Frasco esse que eu segurava na palma da minha mão.
Eu dizia que não bebia e que nunca iria beber.
Eu era mentirosa. porque era veneno que eu não conseguia recusar.
E quereria eu recusá-lo?
Eu segurava o frasco na palma da minha mão,
eu era o antídoto que ele segurava na dele.
Porque eu sabia que ele era a minha perdição, e talvez eu tivesse sido a salvação dele.
Porque apesar de eu segurar o veneno,
era o veneno que me segurava a mim,
era ele que me controlava e me tinha na palma da mão.
("He knows that if he wants me he can have me.")
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
domingo, 22 de agosto de 2010
(I)mortais
Eu sei.
Sei que às vezes não têm cabimento,
as palavras que eles dizem.
Mas eu perdoo.
Se é que há algo para perdoar.
São tão imperfeitos como todos nós,
Como os novos e os menos novos.
Eu sei.
Sei que um dia partirão para sempre.
Não sei qual será o primeiro e não sei qual será o último,
mas esta lei é para todos.
Eu sei.
Sei que um dia partirão para sempre,
mas lá no fundo, acredito que são imortais.
E quero que sejam.
Subscrever:
Mensagens (Atom)