O sol brilha, quente, no céu tão limpo, azul-claro.
O frio do dia mais frio, gela-me a cara, as mãos que estão fora dos bolsos.
Os meus passos são vacilantes neste chão incerto e as minhas pernas cortam o ar pesado e leve.
A minha cabeça nunca pára,
sempre de um lado para o outro
e a lembrança de palavras trocadas, assoma à minha mente.
Não sei defini-lo, é muito diferente do que já estou habituada.
Ou talvez seja eu quem quer que assim seja.
Mil perguntas que não tenho coragem te de fazer, percorrem a minha alma,
censurando-me pela minha cobardia,
ou pela minha prudência, não sei bem.
Tudo o que sei é que te sinto distante,
e os meus dedos pálidos tentam alcançar-te.
Mas a cada passo nosso, a distância entre nós aumenta, abrindo-se num abismo abismal,
que nem tu nem eu conseguimos atravessar.
E pergunto-me se os teus passos não serão utopia minha.
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