Quero ser eu
e quero ser muitas.
Quero desdobrar-me e ser mil.
Quero ser outras.
E quero ser eu multiplicada.
Quero o dia e a noite
e quero os dois num só.
Quero ser madrugada.
Quero consumir-me em mim mesma,
depois de esmorecer,
depois de me desfazer.
Quero ser reinvenção,
sem expressão.
Quero desfragmentar-me e ser colada de mil formas,
dar resultados multiplicados.
Com ou sem resto de zero.
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