terça-feira, 30 de junho de 2009

Vida

Caminho de terra batida,
mil e um cruzamentos,
pontes e atalhos.
Disto é feita a vida.

Caminhos cruzados,
vidas construídas,
estradas percorridas,
mundos encontrados.
Muitos e poucos obstáculos,
muitas e poucas saídas.

Vida.

Horizonte

Linha que separa o céu e a terra,
linha que separa o sonho da realidade,
linha que guia os pensamentos.

O horizonte é a linha invisível,
linha mágica,
linha que nos divide.

Horizonte,
é lá que eu moro.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Pensamentos

Estava deitada
e logo a minha mente vagueou.
Num momento estou a pensar nisto,
segundos depois naquilo,
e tento lembrar-me como fui ali parar.

Penso no passado,
penso no presente
e penso num futuro hipotético,
um futuro entre milhares que posso ter.

Penso.
Não cansa.
Gosto de pensar.
Mas talvez pense demasiado.

Perdi-me nos pensamentos.

Terra

Visito aquele sítio tão natural.
A terra está molhada,
noto-lhe o cheiro,
noto-lhe a textura.

Sento-me no tronco
e enterro as mãos no chão.
Agarro num pedaço,
e envolvo-o nos dedos,
que ficam sujos.

Levanto-me de um salto
e decido explorar aquele local.
E perco-me.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Jardim


Dei-me conta que vim parar àquele jardim,
não sei como.
Quando páro com os "comos" confusos,
aprecio aquele jardim.

Olho-os maravilhada
e vejo que nada é o que parece.
Aquele jardim é mágico.

Aquele jardim que só eu conheço como a palma da minha mão,
conta-me a sua história,
conta-me o que foi e quem é.
E mostra-me o que fui e quem sou.

Aquele jardim não é o que parece.
Aquele jardim é mágico.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Praia


Aquela praia quente chama-me.
Chama o meu nome com aquelas ondas pequenas,
aquela areia molhada,
aquelas rochas ardentes.
Parece-se com o canto das Sereias.

Aquela praia chama o meu nome,
diz-me que venha,
diz-me que viva.

Aquela praia quente chama-me.
Aquela praia chama o meu nome.

Arco-íris


A chuva precipitava-se sem medo na terra,
uma chuva leve e muda.
O céu surgia cinza claro
dando a deixa ao Sol quente.

A chuva parte,
de mansinho.
O céu aparece,
rompendo as nuvens.
O arco-íris surge
e encanta.

Vermelho de sangue,
Amarelo de felicidade,
Verde de esperança,
Laranja de calor,
Azul de paz,
Anil de mar,
Violeta de serenidade.

Arco-íris.
(obrigada à Filipa pela ajuda)

terça-feira, 16 de junho de 2009

És tu

Páro os meus devaneios e concentro-me no que está à minha volta.
Observo tudo com mais atenção.
Este tempo que não se define,
este cansaço que me faz pesar o corpo.

Mas nada disso é importante,
o tempo que não se define,
o cansaço que me faz pesar o corpo,
porque tu estás lá para fazer o sol aparecer
e tu estás lá para me aliviar o peso do cansaço.

És tu.

Lágrima

Lágrima.
Pequena gota que brota dos meus olhos quando tudo à volta desaba.
Lágrima.
A grande demonstração de que nada está bem.

Lágrima que deitei por tantas coisas.
Lágrima que ainda deito porque deitei.
Lágrima.

domingo, 14 de junho de 2009

Neve


Sentei-me no sofá grande,
que tanto tem para contar.
Ponho-me a imaginar.
Ao contrário do habitual, imagino uma paisagem mais natural...

Imagino-me deitada num grande manto fofo e branco.
Vejo que pedaços brancos caem do céu e juntam-se àquele infinito manto que me serve de chão,
um chão confortável, macio.
Um chão de neve.

A neve envolve-me
mas não me causa frio,
transmite-me uma sensação de tranquilidade
e ao virar-me para o lado,
lá estás tu,
deitado junto a mim.

Distância


Uma quantidade infindável de sentimentos assolam a minha mente.
Uma quantidade infindável de questões redemoinham na minha cabeça.

Sei que tenho de me decidir,
antes que cometa um erro
e o arrependimento se junte aos meus sentimentos.

Mas é então que olho para a paisagem lá ao fundo,
e uma nova pergunta se forma, atenuando as outras:
Se a esta distância não páro de pensar nele, isso quer dizer alguma coisa, certo?
E foi então que percebi.

Dente-de-Leão


Observo o único que cresceu no jardim.
Vejo-o frágil,
abanando ligeiramente,
ao ritmo da brisa calma e suave.

Pergunto-me porque sempre os achei fascinantes,
já que um sopro meu os destruía.

Talvez fosse essa a resposta.
Achava-os fascinantes porque sabia que um descuido os levaria de mim.

Então, guardo-os, deixo-os viver,
não deixo que ninguém lhes tire o encanto.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Perguntas


Tantas perguntas,
tantos porquês,
tantas questões para colocar...

De algumas nunca hei-de ter a resposta,
de outras não tenho a certeza se é a certa.
Os porquês são infinitos.
As questões têm ou não sentido.

Tantas perguntas que quero fazer-te...

Problema

Desde aquela marca que nada foi o mesmo.
Nada voltou a ser o mesmo.
É irreversível.

Nada é definitivo,
nada dura o tempo suficiente
e nada acontece como seria suposto.
Nada é definível.

Mas só eu tenho a chave para resolver o problema.

Água


Tantas formas,
tantos sentimentos.
A água.

Debruço-me no lago,
ponho as mãos em concha e mergulho-as na água.
Ela escorre-me por entre os dedos sem a poder manter nas mãos.

Inclino-me no rio,
vejo os peixes que nadam
e imagino-me a nadar com eles.

Sento-me à beira-mar
e sinto o aroma salgado.
Apanho uma concha e penso como seria bom morar no mar.

Quero fazer parte da água.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Impossibilidade

Pedes-me que não me aproxime mais.
Pedes-me que não me ligue demasiado a ti.
Pedes-me que me distancie.
Pedes-me que quebre os laços.

É impossível.
Gosto demasiado de ti,
seis anos contam demasiado para ser capaz de esquecer tudo.
Significas demasiado para ser capaz de tal coisa.

Pedes-me indirectamente que seja forte.
Pedes-me indirectamente que continue sem ti.
Mas é uma impossibilidade,
Melhor Amigo.


(Ao meu melhor amigo que nunca vou deixar. Por mais que queiras proteger-me Lucas, sou demasiado egoísta para conseguir afastar-me de ti. Adoro-te).

Árvores


O vento agita os corpos frágeis.
As folhas mexem-se em redor dos ramos.
O tronco forte e rugoso segura-as.
Tento olhá-las com atenção e compreendê-las.

Os pássaros criam os seus ninhos,
as flores crescem ao lado delas.

Árvores, amigas para sempre.

Medo


Penso e repenso.
Tenho medo.

Medo, aquela sensação,
aquele sentimento incontrolável.
Impede-nos de ser felizes.
Impede-nos de saber o que é certo e o que é errado.

Medo, medo, medo.
Penso e repenso.
Tenho medo.

Erro

Todos os actos são propícios ao erro.
Qualquer que seja o acto, é erro.
Quase que inevitável.
"Não há margem para erro mas vais errar".

Talvez não esteja tudo perdido.

domingo, 7 de junho de 2009

Inconstância


A Inconstância é um sentimento indeciso.
Hoje uma coisa.
Amanhã outra.
Impossível de colmatar.

Hoje quero uma coisa,
talvez ainda a queira amanhã.
Mas e passados uns dias?

A Inconstância não pode ser assim tão má.

Alegria


Tudo se mostra contente.
Salto por entre os arbustos que povoam a relva.
Rio às gargalhadas nem sei bem de quê.
Os meus olhos brilham.

As borboletas esvoaçam livres,
o sol brilha,
as flores pintam o cenário.

É a Alegria.
E veio para ficar.

Tu. E eu

Olho à minha volta,
mas é como se não houvesse mais nada.
Há mais gente.
Mas não há mais ninguém.
Contigo é assim.

Encarnas-te a perfeição,
não há nada em ti que me desiluda.
Não há nada em ti que me desaponte.

O sentimento perdura.

Mito


Olho-te e vejo quem és.
Não tenho medo.
Sei que nunca me magoarás.
Sei que sempre me protegerás.

Não me importa o que és,
és maravilhoso
e isso é quem tu és.
És perfeito.

Mantém-te por perto.

(Mais um poema inspirado na Saga Crepúsculo/Twilight Saga)

Salvador

Batalhei, mas encontrei-te.
Eras tu quem eu aguardava.
Confundi-te.
Mas agora sei que és mesmo tu.
E sim, és o meu salvador.

Batalhei mas encontrei-te.
Eras tu quem eu mais aguardava.
Mas valeu a pena.

"You will see many frogs untill you find your prince"
("Vais ver muitos sapos até encontrares o teu príncipe")

Expansão


Olho através do vidro do carro.
Retenho na memória a paisagem ainda verde,
ainda não foi destruída.
Os cabelos esvoaçam com o vento e tentam tapar-me os olhos.
Penteio-os como posso com as mãos.

Vou à procura de novos pontos de partida,
novas perspectivas,
novas experiências,
novos conhecimentos.

Expansão.

Desilusão


"A desilusão é a ama da sabedoria",
li uma vez.
E fixei.

A desilusão é o sentimento que mais magoa.
Desilusão, mágoa profunda.

Quantas vezes não me quis iludir para não me desiludir...
Mas é inevitável,
ilusão leva a desilusão.

Mas a desilusão é um erro
e aprendemos com ela.

Pessoas


Seres diferentes,
seres únicos.
Feitios, formas ímpares.

Cada um faz da sua vida o que quer
ou a vida faz o que quer de cada um.

Destinos que se cruzam com outros
ou que simplesmente nunca se encontram.
Coincidências.
Acasos.
Vidas.
Pessoas.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palavras (Composição do teste de Português, 14.05.2009)


Palavras
belas composições,
sentimentos, expressões.

Palavras são o que nos guia
se não fossem elas, não sei como diria
o que sinto por ti.

Palavras podem ser úteis ou inúteis
significar muito ou pouco
mas para mim não são um termo oco.

Queria saber escrever bonitos poemas,
saber rimar,
e de uma maneira lindíssima me saber expressar.

Queria saber escrever bonitos textos,
saber dizer o que sinto
e quem lesse soubesse que não minto.

Palavras, letras, frases
tudo isto me pode ajudar
a que o que penso te possa mostrar.

Acho que perfeito não vai ficar,
mas ficará assim tão mal
ao ponto de nunca mais tentar nada igual?

Palavras são rios
quando correm não há quem as páre
mas se disser tudo agora, sem palavras vou ficar.

Palavras significam tudo para mim.
Perdoa-me por não ser perfeita
mas tu e elas são lindas assim!


(O primeiro poema)

Lua Nova


Sento-me no tronco molhado.
Ouço os lobos que uivam,
começa a escurecer.
Procuro-te, perfeito, nos meus pensamentos,
porque os meus olhos não voltarão a encontrar-te.

Tento caminhar com sentido,
mas tudo o que faço é voltar aqui.

Volto a sentar-me no tronco.
Decido deitar-me no chão e olho o céu escuro uma última vez.
Lua Nova.


(Poema inspirado no livro New Moon/Lua Nova)

Como uma flor num jardim


Chegaste de mansinho,
mas já fazes mudanças.
Mudaste os meus pensamentos,
mudaste os meus sentimentos.
E não era suposto.

Quando apareceste
não pensava verdadeiramente que te tornasses no que és para mim agora.
És especial.

Como uma flor num jardim.
passaste despercebido.
Mas agora destacas-te.

Pais

Dos melhores amigos.
Ensinam-nos a ser quem somos,
constroem as nossas bases,
fazem-nos distinguir o certo do errado.

São quem nos aceita como somo0s
e quem nos conhece melhor.

Aos meus pais, obrigada por tudo.

Roda do destino

Pego na Roda e faço-a girar.
Olho-a e vejo as voltas que já deu.
Por muito que pense não sei o que a fez rodar,
ou não me lembro.
Mas há marcas que não esqueço.
As razões são difíceis de lembrar,
os acontecimentos impossíveis de esquecer.

Pergunto-me como tudo mudou tanto.
Pergunto-me porquê.

Mas estou feliz com as mudanças.
Podem não ter parecido boas na altura,
mas são óptimas agora.

Avós

Avós, aquelas pessoas maravilhosas.
Segundos pais.
Segundos elementos mais importantes na família.

Amigos, companheiros, professores...

Avós,
agradeço-lhes por tudo.


Aos meus avós que amo muito.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Estrada


Escolhi esta estrada.
Porquê?
Não sei.
Talvez me tenha parecido a mais bonita.
Talvez me tenha parecido a mais fácil de percorrer.

Surgem duas opções.
Esquerda, direita.
Esquerda ou direita?
Vou ter de decidir.

A minha estrada sou eu que a faço.

Mundo


Moro num sítio chamado Mundo.
Mundo meu e deles.
Mundo nosso.
Mundo de todos.

Justo e injusto também,
certo e errado.
Mundo.
Que Mundo é este?
Procuro alguém.
Alguém que me diga que é assim que gosta de mim.
Alguém que me diga que sou importante.
Alguém que me diga que sou a perfeição.
Alguém neste Mundo.

Mar


Quantas saudades temos tuas, mar calmo e sereno.
Quantas saudades temos de sentir a tua companheira areia, debaixo dos pés.
Quantas saudades temos de sentir o teu amigo sol, a queimar-nos as costas.
Quantas saudades temos de explorar as tuas irmãs rochas que nos fazem aventureiros.

Quantas saudades da praia onde moras, infinito.
Quantas saudades tuas que caminhas comigo nesta praia.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Verão


Verão, vens alegre e a rir.
Estás contente?
É agora que te vais exibir,
mostrar quem és.

Espalhas o calor por aqui
e fazes-nos querer refrescar.
Fazes-nos andar alegres
e despreocupados como tu.

Verão, quando me aperceber já partiste.
Não o faças.

Vão de escada

Lugar mágico das crianças.
Chegam-se a tesouros nunca encontrados,
chegam-se a descobertas nunca feitas.
Criam-se laços nunca imaginados.

Conhece-se o desconhecido,
imagina-se o inimaginável.

Vão de escada,
o lugar mágico das crianças.