terça-feira, 14 de julho de 2009

Deserto


O calor abrasa-me a pele,
a boca ressequida implora por água,
os pés parecem pisar chamas.

Não sei o que faço ali,
não sei o que me levou lá,
sei apenas que as pernas caminham altivas
em busca de algo.

Não consigo parar,
as pernas não deixam.

"Só pararás quando encontrares...",
ouço na minha cabeça.
Mas eu não sei o que é,
nem encontro.

A busca é infinita.

1 comentário:

  1. Muito giro. É bom para aquelas pessoas que nunca desistem. Os teus poemas são mesmo muito bons.

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