domingo, 23 de agosto de 2009

Pedaços de chão


Naquela água tão límpida,
onde lhe vejo o fundo,
ajoelho-me no chão
e mergulho as mãos na areia.

Com as mãos em concha,
agarro um pedaço de chão
e observo as pequenas pedrinhas,
tão pequenas e brilhantes.

Atiro-as dentro de água
e vejo-as pairar, por pouco tempo,
até caírem nas minhas mãos,
ou no fundo.

Pedaços de vida e de tempo.
Pedaços de chão.

2 comentários:

  1. gestos tão simples,
    mas tão carregados de sentido.
    O eterno duelo da água que flui
    com as pedras que ficam.
    A passagem do etéreo transforma sempre o permanente.

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  2. Tocante :) mas muito lindo +.+
    Drama Lady

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