quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A bala


Decidiste puxar o gatilho naquele dia.
Mas a bala não veio logo ter comigo.
Ela parou várias vezes.
Eu pensei que ela voltasse para trás.
Mas ela apenas estava à espera do momento certo para me atingir.
Porque ela nunca voltou para trás.
Parou e avançou lentamente.

Até ao dia em que me atingiu no coração.

Uns dizem que não tens mais balas na tua pistola,
e outros dizem que talvez vás puxar o gatilho outra vez.

E tu, que dizes?
Não dizes nada.
Limitaste-te a deixar que a bala me atravessasse o coração.

1 comentário: