quarta-feira, 6 de março de 2013

Mais um

No entardecer rápido e gelado,
ela caminha, decidida a não se atrasar,
a não ser igual aos outros,
mas a não ser mais,
nem menos, que eles.

Ela nunca sabe o que há-de ser,
nem sabe o que é,
nem o que foi.
Sabe o que os outros são,
mas só às vezes.

Diz que quer ir,
mas às vezes, quer ficar.
Vai na corrente.
E às vezes é ao contrário.

Consegue ser uma dualidade infinita de coisas,
como o cosmos e todas as coisas tangíveis e intangíveis que compõem um ser,
os seres,
o mundo.

Diz que é um,
mas que também é o outro.
Não sabe, portanto, quem é.
Velha?
Nova?
As duas...?
Nenhuma...?
Quem sabe...?

É tudo e é nada,
é muito e é pouco.
Às vezes não é coisa nenhuma.

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