sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Estilhaços de uma noite


Destruído, estilhaçado, dilacerado...
Tudo acabou...

Num segundo, aquilo que era perfeito,
a única coisa que me fazia suportar tudo e todos,
saltou com força das minhas mãos escorregadias,
caindo, inevitavelmente, no chão duro de pedras negras, que se riem de mim,
que troçam da minha ingenuidade,
estilhaçando-se em mil pedaços.

Caio sobre aquela destruição,
que me destrói lentamente o corpo e a alma.
As lágrimas escorrem pela minha cara,
terminando no todo que agora está dilacerado,
fazendo eco, um eco sem som, que ecoa na minha cabeça,
tombando-a no chão.

As minhas mãos sem vida procuram
os pedaços do que está acabado para sempre.

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