quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ó Tempo


Ó tempo,
deverei chamar-te amigo?
Ou de consumidor das coisas?
Cronos é mesmo o teu nome.

Nada deixas ficar,
nada escapa às tuas ávidas mãos.
Nada deixas ser eterno,
mas a eternidade é tua.

Não terás um ponto fraco?
Algo com que possamos manipular-te.
Algo com que possamos chantagear-te.

Deixa-nos viver!
Deixa-nos voltar atrás!
Não vais deixar pois não?
Deixa-nos gostar de ti assim.
Ó Tempo, prolonga para todo o sempre as coisas boas e abrevia as coisas más.

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